terça-feira, 23 de junho de 2009

História da Festa Junina e tradições

E ai galera...
O São João tá aí e é sempre bom conhecer um pouco sobre como surgiu esta festa e o porque de sua maior manifestação no Nodeste. Acompanhem a matéria e desde já, um ótimo e animado São João...

História da Festa Junina e tradições

Origem da festa junina, história, tradições, festejos, comidas típicas, quermesses, dança da quadrilha, influência francesa, portuguesa, espanhola e chinesa, as festas no Nordeste, dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, as simpatias de casamento e crendices populares, músicas típicas da época, os balões

desenho festa junina

Origem da Festa Junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm

domingo, 7 de junho de 2009

A situação do índio brasileiro

Olá galerinha...

Estou postando hoje um texto que fiz para uma das oficinas para o Concurso Nacional de redação Assis Chateoubrian, que tem como tema este ano: "Marechal Rondon:A luta pela integração nacional e a causa indígena". Na oficina passada assistimos ao filme TERRA VERMELHA, que por sinal é muito bom, e nos foi solicitado pela professora um texto que falasse sobre a situação do índio no Brasil hoje. Leiam e deixem comentários:


http://www.fai-mg.br/portal/imagens/bib_i_indio.jpeg

A situação do índio brasileiro

Observamos na mídia vários embates entre povos indígenas e grandes latifundiários, no que diz respeito às reservas indígenas. Não faz muito tempo que ficamos espantados com as tensões geradas em torno da Raposa Serra do Sol, onde pudemos ver índios e rizicultores buscando seus direitos e disputando terras da reserva. O Governo Federal emitiu uma ordem de desocupação para os fazendeiros, que resistiram, tendo o apoio do próprio Governo do Estado de Roraima, que estava mais preocupado com a economia da região. Diversas opiniões surgiram em torno dessa polêmica e até os próprios índios se dividiram. Tendo isso em vista, nos surge a seguinte questão: Porque, ainda hoje, depois de tantas lutas e sofrimento, os índios ainda sofrem com a intolerância e resistência da sociedade brasileira, que deveria lutar por sua preservação?

No século XVI, nosso país sofreu uma agressiva e dominadora colonização que, somada a outros males trazidos pelo contato com outros tipos de civilização, costumes e enfermidades, causaram um grande impacto social e demográfico sobre os nativos. Na época da chegada dos europeus, existiam entre 2 milhões e 5 milhões de índios que se distribuíam entre cerca de 1,4 mil povos que falavam 1. 300 línguas distintas. Hoje, segundo dados da Funai (Fundação Nacional do Índio), a população indígena soma 512 mil indivíduos, sendo identificadas apenas 180 línguas nativas. Existem 614 reservas reconhecidas pela Funai como indígenas, que são habitadas por 225 povos.

Analisando esses dados, podemos ver quão intensa e devastadora foi a imposição de um novo modelo de sociedade aqui no Brasil. Não foram respeitadas crenças, direitos e nem mesmo a própria dignidade humana dos nativos. Hoje, o índio ainda não foi totalmente restituído de suas perdas, mas a constituição já lhe garante os alicerces de sua sociedade e de seus costumes: a terra. Porém, ainda hoje, latifundiários e grandes produtores questionam os direitos do índio, desprezando assim sua própria identidade, pois o índio é o grande representante da identidade cultural do nosso país, tanto quanto, ou até mais do que os negros e brancos, pois foram os primeiros a habitar nesta terra.

Não diferente dos latifundiários e das pequenas comunidades rurais que disputam terras com os índios, a própria sociedade brasileira tem uma visão freqüentemente distorcida da realidade e dos valores indígenas. São vistos, ou de maneira preconceituosa, ou de maneira idealizada. É importante ressaltar que o processo de transformação de usos e costumes é normal no desenvolvimento de qualquer sociedade. Está muito claro que a sociedade indígena, como qualquer outra, tem o direito ao desenvolvimento e não pode ser discriminada por isso.

Enfim, é preciso incentivar políticas publicas que tenham em vista a melhoria da situação das sociedades indígenas no país. Não podemos tratar a história viva da nossa nação como qualquer coisa. Somos todos seres humanos e temos direito a saúde, educação e respeito. Respeito por parte do governo e respeito por parte da população em geral. É muito bonito saber que em nosso sangue corre sangue de várias cores e raças, e mais bonito será quando soubermos valorizar cada uma delas.

Por: Pedro Felipe de Lima Henrique