quinta-feira, 30 de abril de 2009

Por que comemoramos o Dia do Trabalho?



No Brasil, 1º de maio é feriado desde 1925. Em muitos outros países também se comemora o Dia do Trabalho em 1º de maio. Mas por que essa data? Qual sua relação com o trabalho?

História

Tudo tem início com uma greve deflagrada em Chicago no dia 1º de maio de 1886. Indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século 18 e durante o século 19 pagavam baixos salários e provocavam a deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores com jornadas de trabalho que chegavam a 17 horas diárias. Não havia férias, descanso semanal e aposentadoria.

Greves explodiam por todo o mundo industrializado. Em Chicago os trabalhadores eram liderados por duas importantes organizações que dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL - Federação Americana de Trabalho e a Knights of Labor - Cavaleiros do Trabalho.

No dia 3, permanecendo a greve iniciada havia dois dias, a policia disparou contra um grupo de operários diante da fábrica McCormick Harvester, matando 6 e ferindo 50. Centenas foram presos. Dia 4, ao final de uma manifestação, um grupo de policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Centenas de pessoas morreram.

Foram levados a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. A sentença foi lida dia 9 de outubro - Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua, e Neeb, a 15 anos de prisão.

Quase seis anos depois dessa “batalha” em Chicago, no Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi aprovada resolução que tornava o 1º de maio um dia comemorativo de trabalhadores no mundo todo, durante o qual eles deveriam manifestar suas reivindicações.

http://lomba.blogs.sapo.pt/arquivo/1maio.jpg

Manifestações do Primeiro de Maio de 1886

Comemorações

No Brasil, a primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, mas a data só foi consolidada em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional.

No governo de Getúlio Vargas 1º de maio era a data em que eram anunciadas as principais leis e iniciativas que atendiam a reivindicações dos trabalhadores:

  • instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo;
  • redução de jornada de trabalho para 8 horas;
  • criação do Ministério do Trabalho;
  • promoção de uma política conjunta dos sindicatos ao Estado;
  • regulamentação do trabalho da mulher e do menor;
  • promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.

A Constituição de 1988 instituiu as férias remuneradas, o 13º salário, multa de 40% do saldo do FGTS por rompimento de contrato de trabalho, licença maternidade.

As primeiras comemorações do Dia do Trabalho nos Estados Unidos eram celebradas pelos sindicatos trabalhistas e apesar de existirem certas especulações sobre quem teria sido o idealizador, a maioria dos historiadores credita a Peter McGuire, secretário geral da Fraternidade dos Carpinteiros e Marceneiros e co-fundador da Federação Americana do Trabalho, a idéia original de um dia dedicado a que os trabalhadores mostrassem sua solidariedade.

O presidente Grover Cleveland assinou uma lei que designava a primeira segunda-feira do mês de setembro como o Feriado Nacional do Dia do Trabalho. Esse fato é interessante, pois Cleveland não era um defensor dos sindicatos trabalhistas. Na verdade, ele estava tentando reparar alguns danos políticos que sofrera anteriormente, ao enviar tropas federais para acabar com uma greve da American Railway Union (Sindicato das Ferrovias dos EUA) na Pullman Co., em Chicago, Illinois. Essa ação resultou na morte de 34 trabalhadores.

Você sabia?

Em alguns países o Dia do Trabalho é comemorado em outras datas:

Estados Unidos - primeira segunda-feira de setembro

Austrália Ocidental - 4 de março

Austrália Meridional - 7 de outubro

Espanha - 18 de julho

Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br/questao459.htm

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que você que ver no meu blog?

Olá pessoal...
Hoje vim pedir a vocês sugestões de coisas que vocês querem ver aqui, no meu blog.
Podem ser dos mais variados assuntos, desde comédia e piadas até comentários políticos e cinematográficos...
Dê sua sugestão e não deixe de comentar!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Por que mentir?

Oi pessoal...

Hoje, vim divulgar um texto que fiz sobre a mentira para o banco redações da UOL. Não esqueçam de comentar...

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxa4BL6tykSGXyPmBPHEVHODfmlGBNiBFzsmSB6Isib_LfcLAk27vDG6oUmBGjQcaZNa6VTo4pcPeZ_t3z1sapxeYfIALL8vOrUg2zG3XK_mAIMdwgKGSP5jSTjbtGirXb4pROdL13gZve/s400/mentira.jpg

Por que mentir?

A mentira é uma das realidades mais presentes em nosso cotidiano. Quem nunca mentiu alguma vez? Quem nunca escondeu alguma coisa ou omitiu algum fato, até mesmo por educação? O problema é quando esta ação extrapola os limites éticos e sociais, atingindo a moralidade ou integridade de alguma outra pessoa, entidade ou população. Mais quais os motivos que levam as pessoas a mentirem desse jeito?

Primeiramente devemos analisar os aspectos culturais e sociais que fizeram parte da formação do individuo. Estes fatores são determinantes para constatar padrões de educação e ética, perante ele mesmo e a sociedade. Depois, devemos observar os distúrbios ou traumas que ele pode outrora ter sofrido. Geralmente este fator também é muito importante para uma boa formação psicológica. Dependendo destes fatores podemos encontrar caminhos que nos levem aos motivos das inverdades, digamos que, nocivas, ao ser humano.

Se um ser é criado em uma sociedade que não educa para verdade, com certeza ele não haverá de ser uma pessoa muito honesta. A corrupção, a ganância e opressão são fatores negativos que induzem sociedade em geral à mentira. Mas o seio familiar, que também, dependendo de sua formação, levará o indivíduo ao mesmo caminho, é o principal responsável por esse fato. Sendo um indivíduo criado com fortes princípios éticos, com certeza haverá de se tornar uma pessoa honesta e sincera. Não podemos esquecer também dos fatores psicológicos, que na ocorrência de algum trauma ou distúrbio, podem afetar o comportamento social do ser, levando-o à mentira.

Pessoalmente, acho a mentira um elemento autodestrutivo. Não concordo com ela em nenhuma circunstância. Porém, não critico quem a adote como uma medida de se esquivar de uma situação constrangedora, por exemplo. No entanto, vale mais apena investir em situações claras e verdadeiras, sempre colocando a verdade em primeiro lugar.

Por: Pedro Felipe de Lima Henrique

quarta-feira, 22 de abril de 2009

De olho no novo vestibular...

Ei, você já está sabendo do novo formato do vestibular?
Andei pesquisando na internet e achei coisas bastante interessantes sobre o assunto. E isso é muito importante para nós jovens, que estamos em busca de uma vaga na universidade. Portando, veja esta super matéria da Veja e fique por dentro:

Especial

VESTIBULAR
Vai mudar tudo, menos o mérito

A substituição do vestibular por uma prova unificada começa a valer já neste ano em centenas de universidades. O novo exame é menos massacrante para os alunos, mas continua a selecionar os melhores


Por: Camila Pereira, Monica Weinberg e Renata Betti

Lailson Santos
Os bons passam em todas
Em 2002, nenhum estudante brasileiro foi tão bem-sucedido no vestibular quanto o engenheiro Lucas Mendes, 25 anos. Ele tirou o primeiro lugar em três dos mais concorridos concursos do país: USP, Unicamp e FGV. Preferiu a USP. Às vésperas da formatura, já tinha emprego garantido num banco de investimentos. "Minha meta é ter um negócio próprio"

Mais de 5 milhões de jovens se preparam neste ano para o vestibular, etapa crucial na vida de um estudante brasileiro. Em 2010, cerca de 1,5 milhão conseguirão ingressar numa universidade – mais gente do que nunca. A novidade é que parte desse grupo não fará o tradicional vestibular, mas será avaliada por meio de outro sistema, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) na semana passada. Trata-se da maior mudança já feita no concurso desde 1911, quando ele surgiu no Brasil. Uma verdadeira revolução. Diga-se desde logo: se as intenções forem cumpridas, o novo sistema não prejudicará o mérito. Os melhores alunos continuarão a ser os escolhidos. Mas passarão por um teste mais enxuto e menos voltado para a memorização. Esse exame tem parentesco com o atual Enem, aplicado há uma década pelo MEC a quem conclui o ensino médio – e por isso já é chamado de "novo Enem". Outra mudança radical é que a prova será unificada. Isso significa que, com uma única nota, os alunos poderão tentar o ingresso em mais de uma faculdade. Cabe a cada universidade, seja ela pública ou particular, decidir se vai adotar o modelo ou manter o vestibular. Mas a tendência é de mudança. Um levantamento feito por VEJA com 51 dos 55 reitores das federais mostra que 48 pretendem adotar o novo modelo. Destes, 25 querem que a adoção se dê ainda em 2009. Entre as faculdades particulares, pelo menos 500 também vão aderir já. Isso é 25% do total.
Ana Araujo
Anúncio oficial
O ministro Fernando Haddad, em reunião com reitores das universidades federais, na semana passada: 48 querem adotar o novo Enem

A angústia de quem está às vésperas de disputar uma vaga no ensino superior é justamente saber que rumo dar aos estudos. Como muitas universidades de renome não vão abandonar o vestibular em 2009, a exemplo de Unicamp e USP, será preciso manter o plano de aprendizado atual – mas também exercitar um modelo diverso de raciocínio. A implantação do novo sistema de avaliação do MEC implica uma mudança de filosofia substancial – e, sob muitos aspectos, boa. A prova deixará de exigir dos alunos quantidades colossais de informação para priorizar o raciocínio e a capacidade de solucionar problemas em quatro áreas do conhecimento. As linhas mestras já estão dadas, como explica Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, órgão do ministério responsável pelo exame: "A prova ficará no meio do caminho entre o excesso de informações cobradas no vestibular e o pouco conteúdo do antigo Enem. Testará mais a capacidade de solucionar problemas da vida real do que o conhecimento acumulado". Dá para entender melhor o espírito do novo Enem a partir das questões publicadas com exclusividade por VEJA nesta reportagem (veja o quadro). Feitas pelo MEC, elas são um modelo de como as matérias do ensino médio passarão a ser avaliadas.

Alexandre Schneider

67 horas de prova
O novo sistema unificado de vestibular quer poupar os alunos de maratonas como a enfrentada por Priscila Kondo, 19 anos. Em 2008, ela encarou dezessete provas em cinco universidades. Não passou na medicina da USP, sua primeira opção. Vai tentar de novo

Tradicionalmente, o que torna o momento do vestibular ainda mais difícil para os estudantes é a maratona de provas que eles são obrigados a enfrentar. Mesmo que muitas instituições preservem seus concursos, a situação ficará, sem dúvida, melhor com o novo exame unificado. É algo que tem impacto direto na vida de estudantes como Priscila Kondo, 19 anos, que em 2008 fez nada menos que dezessete provas em cinco universidades. Juntas, elas consumiram 67 horas, número que Priscila não esquece. "Eu estava em frangalhos. Foi desgastante", diz ela, que, embora tenha sido aprovada em dois dos concursos, preferiu estudar mais e tentar, outra vez, entrar na faculdade de medicina da USP. Além de minimizar esse sufoco, o sistema unificado pode trazer outro benefício para os estudantes. Quem quiser terá a chance de pleitear vagas em mais estados, sem que precise cruzar o país para fazer uma prova. Com um sistema pulverizado, como é hoje o do vestibular, os estudantes brasileiros praticamente não cogitam estudar numa faculdade longe do estado em que moram. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos essa é a opção de 20% dos jovens. No Brasil, ela não passa de 0,04%.

Esse ganho de mobilidade dos estudantes também interessa às universidades. Hoje, pouquíssimas instituições, como Unicamp e ITA, têm vestibulares espalhados por várias cidades do país. O investimento delas atende a um propósito claro: poder escolher em meio a um universo maior de estudantes, o que aumenta as chances de essas instituições conseguirem atrair um número maior de ótimos alunos. Com o sistema unificado, é bem possível que os melhores estudantes de todas as partes do país passem a procurar as universidades de maior excelência. Essas, certamente, vão se beneficiar disso – e vice-versa. "O ensino é sempre melhor onde estão os bons alunos", diz a antropóloga Eunice Durham. Ela e outros especialistas compartilham o temor de que as faculdades menos prestigiadas, encravadas em áreas mais pobres, fiquem, por sua vez, apenas com os piores estudantes. Há probabilidade de isso acontecer, mas o efeito, a longo prazo, não será necessariamente ruim. "É um incentivo para que as universidades mais fracas melhorem", diz o especialista Gustavo Ioschpe. Pode ser bom para o ensino.

Roberto Setton

Tudo na base da fórmula
Músicas e rimas são algumas das técnicas usadas pelos professores do cursinho Anglo, onde trabalha há dezessete anos o físico Marcelo Rodrigues. O objetivo é fazer os alunos fixar dezenas de fórmulas que caem no vestibular. "Com o novo Enem, essa decoreba pode estar com os dias contados", diz Marcelo

O vestibular não é exatamente um exame ruim. Os grandes concursos das melhores universidades do país se prestam bem à sua finalidade básica, de colocar na sala de aula os alunos mais aptos. Os cinco campeões em vestibulares de diferentes épocas que ilustram esta reportagem eram também os melhores estudantes na escola. Ao longo dos anos, as provas foram aprimoradas e algumas delas, como a da Unicamp, são exemplos de avaliação benfeita. Mas, para responder à maioria dos exames, requer-se ainda boa dose de decoreba, o que não é bom. Outro problema essencial é a quantidade de conteúdo cobrado, o que exige dos alunos o domínio de um número infindável de detalhes sobre as mais diferentes áreas. Poucos processos seletivos no mundo demandam dos jovens conhecimento sobre tanta matéria. Só na área de ciências, o vestibular cobra um currículo de setenta itens. Para se preparar para uma prova de química do vestibular, por exemplo, é preciso saber sobre vinte subáreas, lista que inclui atomística, propriedades coligativas, cinética, termoquímica e isomeria. Diz o professor Elcio Bertolla, que dá aula dessa disciplina no Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo: "É um verdadeiro massacre. Só quem vai seguir a carreira de químico precisa saber tanto".

Alexandre Schneider

O massacre da química
O professor Elcio Bertolla, que ensina a disciplina no colégio Porto Seguro, em São Paulo, precisa dar conta de um currículo que inclui vinte itens, como isomeria, funções orgânicas e radioatividade. Tudo cai no vestibular. "Essa quantidade de matéria só faz sentido para quem quer seguir a carreira de químico"

O excesso de matérias exigidas no vestibular tem um efeito desastroso sobre as escolas brasileiras. Para tentarem contemplar tudo o que cai no exame, elas produzem currículos gigantescos, baseadas na ideia de quanto maior, melhor. Em poucas escolas de ensino médio do mundo se ensina tanta física, química, biologia, matemática. Noutros países, a grade de matérias é bem mais diversificada e flexível. Pode soar como uma vantagem brasileira, mas é exatamente o oposto. Primeiro, por uma impossibilidade prática. "A pretensão de ensinar tudo em tão pouco tempo resulta num ensino superficial, em que não se aprende é nada", diz o consultor Roberto Lobo, ex-reitor da USP. As provas internacionais que comparam o Brasil a outros países reforçam essa ideia. Os brasileiros estão sempre atrás. O segundo problema em incluir tantos assuntos no currículo é mais conceitual. O saber enciclopédico perdeu um pouco do sentido numa sociedade moderna em que informações são facilmente acessadas na internet e se transformam a uma velocidade avassaladora, conforme a ciência avança. "Mais importante que estocar conhecimento é, sem dúvida, saber ordenar tantas informações disponíveis e chegar a uma conclusão", afirma o alemão Andreas Schleicher, que comanda o Pisa, prova internacional que compara o desempenho dos estudantes em sala de aula e que também serviu de inspiração para o novo Enem.

Gilberto Tadday

Doutor antes dos 30
O pernambucano Avishek Adhikari, 26 anos, passou em primeiro lugar para o curso de química da USP. Conseguiu depois uma vaga no concorrido doutorado em neurociências da Universidade Columbia, em Nova York, onde estuda hoje

A mudança no vestibular pode, portanto, contribuir para a necessária melhora do ensino médio – e ajudar a livrar as escolas brasileiras da velha cultura da decoreba. É uma prática nos colégios desde o Brasil colônia. Na década de 50, o prêmio Nobel de Física Richard Feynman (1918-1988) observou o mesmo durante uma visita ao Brasil para investigar o nível de conhecimento dos alunos às vésperas do vestibular. Feynman ficou assombrado com a quantidade de fórmulas que eles tinham decorado, mas também com a total incompreensão do seu significado. Relatou o fato num livro em que concluiu: entre estudantes do mundo inteiro, os brasileiros eram os que mais estudavam física no ensino médio – e os que menos aprendiam a matéria. Cenário que permanece atual. Já pensou se o prêmio Nobel soubesse que nos cursinhos pré-vestibulares a fórmula do movimento retilíneo uniforme (S=So+VT) é apresentada aos alunos como "sorvete", para ajudar a fixá-la? Com o novo Enem, a abordagem deverá ser outra. "Agora todos vão ter de se preocupar com a contextualização dos fatos", admite Marcelo Rodrigues, professor de física do Anglo. Esse e outros cursinhos no país vão oferecer aulas específicas para o novo exame ainda neste ano, uma mudança cara. O treinamento dos professores é custoso – representa cerca de 10% dos custos fixos do negócio – e ainda será preciso produzir novo material didático. "Há uma equipe de 250 professores a postos para fazer a mudança", diz o diretor do Positivo, Renato Ribas Vaz.

Lailson Santos

Campeão da medicina
Professor universitário e diretor do Hospital das Clínicas, o patologista Venâncio Alves, 53 anos, ficou no topo em três vestibulares de medicina no ano de 1972: Universidade de São Paulo, Santa Casa e ABC. O concurso na época dele tinha uma fase só, com testes de múltipla escolha de cinco disciplinas

O simples anúncio do MEC também provocou efeito imediato nas universidades. Temerosos de perder a receita proveniente das inscrições para o vestibular, os reitores das instituições federais se adiantaram em pedir ao ministro Fernando Haddad reposição do dinheiro – e conseguiram. Resolvida essa e outras preocupações de natureza mais técnica, alguns dos reitores avisaram que gostariam de aderir. A quantia obtida com as taxas de inscrição, que num concurso como a Fuvest gira em torno de 2,5 milhões de reais, é pequena perto do orçamento das universidades. O dinheiro do vestibular, no entanto, é livre de carimbos, coisa rara nessas instituições. No encontro dos reitores com o ministro em Brasília, na semana passada, parte deles também reclamava do prazo apertado para implementar a mudança. Algumas universidades já estavam até com seus editais prontos. Por isso, só vão usar o novo Enem no ano que vem. "Precisamos ter cautela. Na academia, os assuntos são mais discutidos e o ritmo é mais lento", diz Olinda Assmar, reitora da Universidade Federal do Acre. Acelerar o processo é justamente o que quer o MEC. Para conseguir deixar a prova pronta a tempo, uma equipe de quarenta pessoas tem passado as madrugadas no ministério só fazendo isso.

Alexandre Schneider

Esforço recompensado
A dedicação de doze horas de estudo por dia rendeu a Eduardo Famini o primeiro lugar no vestibular do Instituto Militar de Engenharia: "Li o edital do concurso e fiz dezenas e dezenas de simulados". Aos 25 anos, ele tem um bom emprego numa consultoria

O sistema unificado de admissão às universidades é algo que o Brasil começa a fazer com atraso em relação ao resto do mundo. Já é assim no Chile, no Japão, na China e em grande parte da Europa. Nos Estados Unidos, remonta a 1900 a formação de um colegiado das principais instituições de ensino superior para criar um exame único de admissão. Ao longo de décadas, o grupo aprimorou as diretrizes da avaliação e, em 1926, o SAT – sistema com o qual o modelo proposto no Brasil guarda semelhanças – foi aplicado pela primeira vez. Nesse tempo, a seleção no Brasil ainda era feita por uma banca examinadora que aplicava prova oral. Situação possível num momento em que poucos brasileiros concluíam o ensino médio e era baixíssima a procura nas universidades. A consolidação de um sistema nacional de admissão atende às novas necessidades do ensino superior no país, que cresce a cada ano. Apenas nos últimos vinte anos, o número de estudantes que passaram a tentar ingressar no ensino superior triplicou. Depois de um século, esta será a primeira vez que grande parte dos candidatos não fará mais o velho vestibular.

Alexandre Schneider

Dona do próprio negócio
Em 1998, a administradora Aline Lex passou em primeiro lugar no vestibular da Fundação Getulio Vargas. Completou a formação no concorrido mestrado de economia da PUC-Rio. Durante cinco anos trabalhou em grandes bancos, na área de investimentos. Em janeiro, abriu uma loja. "Era o meu sonho"

Marcelo Rudini

Prontos para mudar
Renato Vaz, do cursinho Positivo: aulas voltadas para a nova prova

16 respostas sobre o novo exame

Como funcionará o novo sistema de seleção proposto pelo Ministério da Educação (MEC) – e que começa a ser adotado por algumas universidades federais e particulares ainda neste ano

Ilustração Stefan


1. O que cairá no novo Enem?

Serão 200 questões de múltipla escolha divididas em quatro áreas do conhecimento (ciências naturais e humanas, linguagens e matemática), além de uma redação. O exame abrangerá menos assuntos do que o vestibular, mas falta o MEC dizer o que vai ficar de fora.

2. O que deve estudar alguém que vai tentar o ingresso, nos próximos meses, numa universidade que aderir ao modelo?
Na ausência de uma definição mais específica sobre o que será exigido na nova prova e quais as instituições que vão adotá-la, o ideal é preparar-se tanto para o vestibular quanto para o atual Enem (cujos simulados podem ser encontrados no site do MEC). A velha versão do exame testa apenas habilidades mais gerais, como a capacidade de interpretar textos e de solucionar problemas da vida real, e muito pouco conteúdo específico. Do antigo Enem, a nova prova manterá a contextualização das questões – mas elas passarão a ser 100% calcadas nas disciplinas do ensino médio.

3. Os cursinhos vão preparar os alunos para o novo Enem ainda neste ano?
Sim. Quatro das maiores redes do país afirmaram a VEJA que vão fazer adaptações nas aulas e no material didático de modo a treinar os alunos para o novo exame.

4. O Enem passará a ser o único critério para a seleção nas universidades que o adotarem?
A decisão caberá a cada instituição. O MEC propõe dois modelos. No primeiro, as universidades podem usar o resultado da prova como preferirem, inclusive fazendo uma segunda fase própria. A outra opção é aderir ao Sistema de Seleção Unificado. Neste caso, é necessário que o Enem seja a única etapa do processo seletivo. As vagas ficam disponíveis em um sistema eletrônico de inscrição, válido para todo o país.

5. É possível usar o mesmo Enem para se candidatar a uma vaga em diferentes universidades?
Sim. Este é exatamente o propósito da prova nacional. No entanto, nos casos em que a universidade aderir ao Sistema Unificado haverá um limite de até cinco opções por candidato, que devem ser colocadas em ordem de preferência. As vagas de um curso serão oferecidas antes àqueles estudantes que o tiverem escolhido como primeira opção.

6. Como saber se a nota obtida no exame será suficiente para o ingresso num curso?
Esta é uma das principais mudanças do sistema proposto pelo MEC: o aluno receberá sua nota antes de se inscrever nos concursos das faculdades e poderá, ainda, consultar as médias dos demais candidatos à vaga que ele deseja. Isso será feito por meio do sistema on-line de inscrições, onde tais informações estarão abertas a consulta. Assim, o candidato passa a ter uma visão muito realista de suas chances no processo seletivo.

7. Pessoas que se formaram na escola há mais tempo podem fazer o novo Enem?
Sim. Qualquer pessoa com diploma de conclusão do ensino médio pode se inscrever – não importa a idade.

8. Quando será divulgada a lista das universidades federais que vão adotar o novo sistema em 2009?
O prazo-limite é até o fim de abril, uma vez que, caso optem pelo vestibular tradicional, as instituições precisam ter tempo hábil para formular as provas e organizar o concurso. VEJA ouviu 51 dos 55 reitores de universidades federais. Destes, 25 são favoráveis à mudança neste ano, mas falta submeter a questão aos respectivos conselhos.

9. Faculdades estaduais e particulares também podem aderir?
Sim. Na semana passada, o ministro Fernando Haddad se encontrou com dirigentes de instituições estaduais e particulares justamente para tentar atraí-las. Mais de 500 particulares já avisaram que vão aderir. A USP e a Unicamp, que têm os dois maiores vestibulares do país, vão ficar de fora, pelo menos em 2009.

10. Uma nota ruim no Enem pesará contra o estudante?
Não. É do aluno a decisão de apresentar o resultado às universidades – ou simplesmente ignorá-lo e fazer uma nova prova. Não há limite de vezes para tentar o Enem.

11. Qual será a periodicidade do Enem?
Neste ano, haverá só um, nos dias 3 e 4 de outubro. Em 2010, o MEC pretende aplicar pelo menos dois. A meta é chegar a sete por ano, como o SAT, modelo americano no qual se inspira o novo Enem.

12. Se o aluno quiser tentar a transferência de curso ou de faculdade terá de fazer o Enem?
Não necessariamente. Hoje, cada universidade tem um sistema próprio para selecionar os alunos que pedem transferência. Algumas avaliam o boletim da faculdade, outras aplicam um teste. Se quiserem, poderão também considerar a nota no novo Enem. Nesse caso, quem não tiver realizado o exame precisará fazê-lo.

13. Por quanto tempo a nota da prova será válida?
O MEC ainda não bateu o martelo, mas a tendência é que feche o prazo em três anos. Nesse período, o aluno pode apresentar a mesma nota às universidades. Como o Enem é um exame padronizado, ao contrário do vestibular, estatisticamente é possível, sim, comparar as médias de alunos que realizaram provas em anos diferentes.

14. Quem vai elaborar e corrigir as provas?
O Inep, órgão ligado ao MEC que já cuida de outras avaliações oficiais, como o próprio Enem. Uma comissão de especialistas ajudará a estabelecer o conteú-do do exame. Uma empresa especializada em aplicação de provas, que será definida por licitação, ficará encarregada da logística do concurso.

15. Se o candidato fizer o Enem durante o ensino médio, ele poderá guardar a nota para quando se formar?
Não. A nota só será válida para aqueles estudantes que já completaram o ensino médio.

16. Haverá alguma mudança nas universidades que já adotam cotas?
Não muda nada. Cotistas e não cotistas terão de fazer a mesma prova.


Fonte: http://veja.abril.com.br/150409/p_070.shtml

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Flores do meu Jardim do IFPB...

Olá Pessoal...

Vim aqui pra falar de 3 pessoas muito especiais na minha vida curricular e pessoal dentro da instituição de ensino na qual estudo. Estas três pessoas são: Analice, Ana Bernadete e Olívia.
Analice é um amor de pessoa... Não tem como a conhecer sem se encantar com o seu jeito de ser. ela é um doce! Calma, bondosa, gentil e muito amável. Foi minha orientadora para vários concursos de redação e aprendi muito com ela neste últimos tempos...
Ana Bernadete é um show... Uma pessoa que diz o que pensa e não tem medo da vida. Aprendi a admirá-la pela sua geniosidade e por não ser tão fria como a maioria dos professores da escola. Foi minha professora de geografia no 2° ano. Ela se preocupa com seus alunos e faz de tudo para manter um bom relacionamento com todos. Mas cuidado... É melhor não mexer com ela, se não ela roda a baiana!!!!
Olívia é outro doce de pessoa... É simples e comunicativa. Aprendi a não passar um dia sem parar em seu Birô da biblioteca para batermos um bom papinho. E como agente conversa viu... Comungamos de idéias muito parecidas e é sempre bom conversar e aprender sobre a vida com ela, que já viveu muito....

Portanto, à essas três pessoas, gostaria de mandar um abraço bem apertado e dizer que as amo do fundo do meu coração...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A informática e o mercado de trabalho

Oi pessoal,

Estou postando aqui um trabalho que o meu primo me pediu para que o endereço do meu blog seja sua referencia bibliográfica. Também gostei muito do conteúdo e espero que todos gostem:


O mercado de trabalho está muito competitivo, pessoas brigam por uma vaga para demonstrar que são boas no que fazem. Com toda a evolução que vemos nos dias atuais, as vagas no mercado são reduzidas não só pela grande procura e atualmente a grande crise mundial, mas também pelo fato da informática entrar em campo. A informática proporciona um avanço muito grande ao mercado de trabalho, através da robótica e da produção de máquinas que substituem o trabalho de diversas pessoas por exemplo.

Atualmente, não só profissionais, mas também jovens, crianças e adultos, podem usufruir da informática no seu dia a dia, isto porque pessoas realizam pesquisas de maneira mais rápida, professores têm seu trabalho um tanto facilitado com dicas de planejamentos de aula na internet, entre outros.

A informática tem ampliado a visão dos profissionais, pois facilita o acesso dos mesmos a informação, além de facilitar diversas tarefas, como por exemplo: ao invés de anotações em uma pequena agenda, onde há risco de perca de informações, usa-se o computador para digitá-las; gráficos, planilhas e documentos são feitos de forma fácil, simples e prática; projetos de casas são feitos por programas de arquitetura; atividades e compromissos agendados no computador; realização fácil de comunicação de empresas entre si através de e-mail, entre tantas outras.

Em outras palavras, a informática se relaciona de maneira bastante agradável no mercado de trabalho, hoje em dia, para ser contratada, a pessoa deve ter ao menos os conhecimentos básicos de informática. Apesar de até agora observarmos apenas pontos positivos, logo podemos citar um ponto negativo: o aumento de sedentarismo. Não podemos negar que todos já nos habituamos a usar e abusar deste ramo tecnológico que empolga cada vez mais pessoas: a informática.

O trabalho realizado pelos profissionais de hoje em dia com a ajuda do computador, tem facilitado muito o atendimento ao consumidor e proporcionado bastante facilidade na realização de algumas tarefas.

Agora, como exemplos, veremos a análise de quatro profissões que foram beneficiadas graças a informática e compará-los com os métodos antigos:

· Secretárias: atualmente, as secretárias registram tudo no computador, compromissos de seu chefe, responsabilidades, o que precisa de manutenção, folhas salariais entre outras coisas, já que o computador é um armazenador de dados muito seguro e confiável, com dificuldade de perca de informações. Tudo isso é realizado com a maior facilidade, porém, antigamente, não havia tanta facilidade assim. As secretárias tinham de ter bastante agilidade para registrar a mão, tudo que fosse de interesse da empresa, em um caderno, o que ainda precisava de organização para ter fácil compreensão e tinha facilidade na perca, isto é, no extravio de informações.

· Escritores: atualmente, os escritores têm sua vida um tanto facilitada, isto porque ao pensar em produzir um livro, não perdem tempo com rascunhos, que podem ser perdidos facilmente, mas digita-os, através do computador, onde ganham mais um fator de ajuda, sendo este na ortografia, pois programas responsáveis pela digitação de textos fazem a análise ortográfica, evitando erros e deslizes. Antigamente não havia toda essa facilidade, pois se perdia muito tempo ao escrever a mão, o conteúdo de um livro prestes a ser lançado, além de conter muitos erros ortográficos. Posteriormente, as coisas melhoraram com a chegada da máquina de datilografia, mas mesmo assim, um grande inimigo permanecia, os erros ortográficos.

· Advogados: atualmente, com a grande ajuda do computador, os advogados conseguem localizar de forma mais rápida e fácil, determinados documentos relacionados a algum processo, além de ser uma forma privada, isto é, segura de manter seus arquivos sob sigilo e com a certeza da difícil perca dos mesmos. Atualmente, ainda podemos ver em alguns casos e processos, uma pilha de papéis sobre a mesa do juiz, mas em muitos outros casos, os advogados e relatores usam notebooks para acompanhar o processo da melhor maneira possível. Antigamente, havia demora na abertura de diversos processos, pois existia dificuldade na localização de diversos documentos.

· Economistas: atualmente, o computador além de proporcionar lazer e registro de informações, ajuda outros profissionais, os economistas. Com a ajuda do computador, realizam cálculos de maneira rápida, o que dificulta erros de cálculo e dificuldade nos mesmos, em relação a isso, o computador ajuda até a realizar estatísticas, fazendo-as durar o mínimo possível. Antigamente, no cálculo realizado pelos economistas era fácil encontrar vários erros, além de ter até uma dada desorganização nos cálculos, estatísticas demoravam 10 anos para serem realizadas, tudo isso pela demora da realização de cálculos, que já não acontece mais, pois o computador tem ajudado bastante.

Por: John David da Silva maia Ferreira

terça-feira, 14 de abril de 2009

Feliz Páscoa Atrasada....


Pois é pessoal, nem tive tempo de desejar Feliz Páscoa pra vocês no dia...
Eu estava no interior e não teve como, mas de todo coração, uma Feliz Páscoa para todos. Que a alegria e a paz do Cristo ressuscitado possa invadir sua casa e sua penatrar no seu coração e no de sua família.
Abraços!

domingo, 5 de abril de 2009

Ser santo de calça jeans

Mais do que nunca, o mundo precisa de uma revolução para que ocorra evangelização. e cabe aos jovens tomar a iniciativa. A Renovação Carismática Católica surgiu em um momento muito oportuno na história da Igreja Católica. Você que é jovem, é hora de mudar!
Leia esta riquíssima formação de Adriano Gonçalves, que apresenta o programa REVOLUÇÃO JESUS na Canção Nova, que mostra como podemos ser santos de calça jeans...

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Ser santo de calça jeans

A coragem de tomar decisões definitivas

Ser jovem é muito bom. É nessa fase da vida que nossos sonhos desabrocham, é nessa fase da vida que queremos mudar tudo e todos.

Uma fase de fazer a diferença!

"Deus faz a diferença. Mais ainda: Deus nos faz diferentes, nos faz novos" (Bento XVI).

Unir minha jovialidade à certeza de que Deus está comigo é totalmente possível, Ele não me tira nada, pelo contrário, me dá tudo! Ele se faz meu amigo no presente e tem a minha história na Sua mão: nela segura firmemente o meu passado, com as fontes e os alicerces do meu ser; nela guarda ansiosamente o futuro e me faz vislumbrar a mais bela alvorada de toda a minha vida. É com essa mão forte que conto quando caio e não quero ficar largado no chão. Ele tem a voz que ecoa no silêncio do meu coração me acordando para a vida.

"Quando o jovem não se decide, corre o risco de ficar uma eterna criança!" (Bento XVI).

Não quero ser criança, quero crescer! Quero me decidir! Hoje me decido a ser santo! Santo de calça jeans.

Tomo a coragem de ter decisões definitivas porque sei que, na verdade, são as únicas que não destroem a minha liberdade, mas criam a justa direção, possibilitando-me seguir em frente e alcançar algo de grande na vida. Algo que me é garantido!

A vida eterna!

Dentre todas as minhas decisões! Encontra-se esta:

Quero ser santo de calça jeans.

Quero estar no mundo; e saber saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não quero ser mundano! Sou cristão! Sou católico! E me decido a amar esta Igreja que é viva e é jovem!

E você, qual a sua decisão?

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11398